O meu caderno vermelho ainda existe
carregado de uma era secular
descrita em verso e prosa
da primeira a penultima folha
pra ele nunca se acabar.
Se um dia o caderno sumir
será fato um passado perdido
sem falar nos lembretes anexos,
recados e contos de um menino dislexo
presunçoso compositor.
Não o comprei pra canções
nem pra contos ou recados
comprei pra fazer contas
mas viciado, não dei conta
e contei minha vida toda a ele.
A cor não foi opção
foi pela falta da mesma
gosto do azul mas do vermelho não
hoje em dia ele é incolor
tão conteudista despreza-se a cor.
Ah meu caderno vermelho.
Não refletes mas é como um espelho
me vejo nos versos cifrados
nos relatos datados
de amizade com enfoque no amor.
A vida devia ser assim
nascer, escrever e ler
nada de game ou bola no natal
bastava lápis e caderno
sem borrachas pra que seja eterno.
terça-feira, 12 de abril de 2011
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